sexta-feira, 31 de maio de 2013

Crase: Regras de uso e emprego


A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola.
A ocorrência de crase é marcada com o acento grave (`). A troca de escola por um substantivo masculino equivalente comprova a existência de preposição e artigo: Vou ao (a+o) colégio.
No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar, usa-se crase quando: "Vou à Bolívia. Volto da Bolívia". Não se usa crase quando: "Vou a São Paulo. Volto de São Paulo". Ou seja, se você vai a e volta da, crase há. Se você vai a e volta de, crase para quê?
É erro colocar acento grave antes de palavras que não admitam o artigo feminino a, como verbos, a maior parte dos pronomes e as palavras masculinas.
A tabela resume os principais casos em que a crase deve (ou não) ser utilizada:
CasoUso obrigatórioUso proibitivoUso facultativo
Antes de palavras masculinasQuando estiver implícito “à moda de”: móveis à Luís 15;
Quando subentendido termo feminino: vou à [praça]João Mendes
Viajar a convite, traje a rigor, passeio a pé, sal a gosto, TV a cabo, barco a remo, carro a álcool etc. 
Antes de verbos Disposto a colaborar. 
Antes de pronomes Antes da maior parte deles: Disse a ela que não virá; nunca se refere a você.Pronomes possessivos: Enviou a carta à sua família. Enviou a carta a sua família.
Quando "a" vem antes de plural A pesquisa não se refere amulheres casadas. 
Expressões formadas por palavras repetidas Cara a cara; ponta a ponta frente a frente; gota a gota. 
Depois de "para", "até", "perante", "com", "contra" outras preposições O jogo está marcado para as 16h; foi até a esquina; lutou contra as americanas. 
Antes de cidades, Estados, paísesFoi à Itália (voltou da Itália).
Chegou à Paris dos poetas (voltou da Paris dos poetas).
Foi a Roma (voltou de Roma).
Foi a Paris (voltou de Paris).
 
Locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas de base femininaÀs vezes, às pressas, à primeira vista, à medida que, à noite, à custa de, à procura de, à beira de, à tarde, à vontade, às cegas, às escuras, às claras, etc. Locuções femininas de meio ou instrumento: À vela/a vela; à bala/a bala; à vista/a vista; à mão/a mão. (Prefira crase quando for preciso evitar ambiguidade: Receber à bala).
Aquele, aqueles, aquilo, aquela, aquelasReferiu-se àquilo;
Foi àquele restaurante;
Dedicou-se àquela tarefa.
  
Com demonstrativo “a”A capitania de Minas Gerais estava ligada à de São Paulo;
Falarei às que quiserem me ouvir.
  

Bibliografia

  • Manual da Redação do jornal Folha de S.Paulo
RETIRADO DO SITE EDUCAÇÃO UOL

Crase: Regras de uso e emprego

Crase: Regras de uso e emprego


A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola.
A ocorrência de crase é marcada com o acento grave (`). A troca de escola por um substantivo masculino equivalente comprova a existência de preposição e artigo: Vou ao (a+o) colégio.
No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar, usa-se crase quando: "Vou à Bolívia. Volto da Bolívia". Não se usa crase quando: "Vou a São Paulo. Volto de São Paulo". Ou seja, se você vai a e volta da, crase há. Se você vai a e volta de, crase para quê?
É erro colocar acento grave antes de palavras que não admitam o artigo feminino a, como verbos, a maior parte dos pronomes e as palavras masculinas.
A tabela resume os principais casos em que a crase deve (ou não) ser utilizada:
CasoUso obrigatórioUso proibitivoUso facultativo
Antes de palavras masculinasQuando estiver implícito “à moda de”: móveis à Luís 15;
Quando subentendido termo feminino: vou à [praça]João Mendes
Viajar a convite, traje a rigor, passeio a pé, sal a gosto, TV a cabo, barco a remo, carro a álcool etc. 
Antes de verbos Disposto a colaborar. 
Antes de pronomes Antes da maior parte deles: Disse a ela que não virá; nunca se refere a você.Pronomes possessivos: Enviou a carta à sua família. Enviou a carta a sua família.
Quando "a" vem antes de plural A pesquisa não se refere amulheres casadas. 
Expressões formadas por palavras repetidas Cara a cara; ponta a ponta frente a frente; gota a gota. 
Depois de "para", "até", "perante", "com", "contra" outras preposições O jogo está marcado para as 16h; foi até a esquina; lutou contra as americanas. 
Antes de cidades, Estados, paísesFoi à Itália (voltou da Itália).
Chegou à Paris dos poetas (voltou da Paris dos poetas).
Foi a Roma (voltou de Roma).
Foi a Paris (voltou de Paris).
 
Locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas de base femininaÀs vezes, às pressas, à primeira vista, à medida que, à noite, à custa de, à procura de, à beira de, à tarde, à vontade, às cegas, às escuras, às claras, etc. Locuções femininas de meio ou instrumento: À vela/a vela; à bala/a bala; à vista/a vista; à mão/a mão. (Prefira crase quando for preciso evitar ambiguidade: Receber à bala).
Aquele, aqueles, aquilo, aquela, aquelasReferiu-se àquilo;
Foi àquele restaurante;
Dedicou-se àquela tarefa.
  
Com demonstrativo “a”A capitania de Minas Gerais estava ligada à de São Paulo;
Falarei às que quiserem me ouvir.
  

Bibliografia

  • Manual da Redação do jornal Folha de S.Paulo
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Tipos de Narrativa

Tipos de Narrativa


abemos que o ato de contar histórias remonta ao passado. Antigamente as pessoas tinham o hábito de sentar-se à beira de suas casas nos momentos de descanso e relatar fatos acontecidos, muitas vezes ficcionais, e isso ia passando de geração para geração. 
Quem de nós não conhece a história do Chapeuzinho Vermelho, Bela Adormecida e tantos outros clássicos da literatura? 
Por mais que o advento da tecnologia tenha desencantado essa magia e, de certa forma, promovido o afastamento entre as pessoas, existem variadas formas de narrativas, sejam elas orais, escritas, visuais ou encenadas, como é o caso do teatro. 
Seja qual for a modalidade, o texto narrativo dispõe-se de certos elementos primordiais, que são: tempo, espaço, personagens, narrador e enredo. 
E para conhecermos um pouco mais sobre os diversos tipos de narrativa, devemos saber que elas se subdividem em: Romance, Novela, Conto, Crônica e Fábula. Por isso, estudaremos as mesmas passo a passo: 

Romance: É uma narrativa sobre um acontecimento ficcional no qual são representados aspectos da vida pessoal, familiar ou social de uma ou várias personagens. Gira em torno de vários conflitos, sendo um principal e os demais secundários, formando assim o enredo. 

Novela: Assim como o 
romance
, a novela comporta vários personagens, sendo que o desenrolar do enredo acontece numa sequência temporal bem marcada. Atualmente, a novela televisiva tem o objetivo de nos entreter, bem como de nos seduzir com o desenrolar dos acontecimentos, pois a maioria foca assuntos relacionados à vida cotidiana. 

Conto: É uma narrativa mais curta, densa, com poucos personagens, e apresenta um só conflito, sendo que o espaço e o tempo também são reduzidos. 

Crônica: Também fazendo parte do gênero literário, a crônica é um texto mais informal que trabalha aspectos da vida cotidiana, muitas vezes num tom muito “sutil” o cronista faz uma espécie de denúncia contra os problemas sociais através do poder da linguagem. 

Fábula: Geralmente composta por personagens representados na figura de animais, é de caráter pedagógico, pois transmite noções de cunho moral e ético. Quando são representadas por personagens inanimados, recebe o nome de Apólogo, mas a intenção é a mesma da fábula.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

O Narrador



O Narrador


Narrador e o Foco Narrativo
O narrador é elemento fundamental para o sucesso do texto, pois é o dono da voz, o que conta os fatos e seu desenvolvimento. Atua como intermediário entre a ação narrada e o leitor.
O narrador assume uma posição em relação ao fato narrado (foco narrativo) e o seu ponto de vista constitui a perspectiva a partir da qual ele conta a história.
O foco narrativo em 1ª pessoa
Na narração em 1ª pessoa o narrador é um dos personagens, protagonista ou secundário. Nesse caso, ele apresenta aquilo que presencia ao participar dos acontecimentos. Dessa forma, nem tudo aquilo que o narrador afirma refere-se à “verdade”, pois ele tem sua própria visão acerca dos fatos; sendo, assim, expressa sua opinião.
Foco narrativo em 3ª pessoa

Na narração em 3ª pessoa o narrador é onisciente. Ele nos oferece uma visão distanciada da narrativa, além de dispor de inúmeras informações que o narrador em 1ª pessoa não oferece.
Nesse tipo de narrativa, os sentimentos, as ideias, os pensamentos, as intenções e os desejos dos personagens são informados graças à onisciência do narrador, que é chamado de narrador-observador.
O ENREDO
O enredo é a estrutura da narrativa. O desenrolar dos acontecimentos gera um conflito que, por sua vez, é o responsável pela tensão da narrativa.
OS PERSONAGENS
Os personagens são aqueles que participam da narrativa, podem ser reais ou imaginários, personificar elementos da natureza, ideias, etc.
Dependendo de sua importância na trama, os personagens podem ser principais ou secundários.
Há personagem que apresenta personalidade e/ou comportamento de forma evidente, comuns em novelas e filmes, tornando-se um personagem caricatural.
O ESPAÇO
É o espaço no qual transcorrem as ações, onde os personagens se movimentam. Auxilia na caracterização dos personagens, pois pode interagir com eles ou por eles ser transformado.

O TEMPO
A duração das ações apresentadas numa narrativa caracteriza o tempo (horas, dias, anos, assim como a noção de passado, presente e futuro).
O tempo pode ser cronológico, quando os fatos são apresentados na ordem dos acontecimentos; ou psicológico, que se refere ao tempo pertencente ao mundo interior do personagem.
Quando lidamos com o tempo psicológico, a técnica do flashback é bastante explorada, uma vez que a narrativa volta no tempo por meio das recordações do narrador.
Concluindo
Ao produzir uma narração, o escritor deve estar atento a todas as etapas, dando ênfase ao elemento que se quer destacar. Uma boa dica é observar os bons romancistas e contistas, voltando à atenção para seus roteiros e à forma como trabalham os elementos em suas narrativas.
A Gramática na Narração
A narração pressupõe mudanças, pois há o desenrolar dos fatos e acontecimentos, dessa forma, os verbos de ação predominam nos textos narrativos.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

retirado do site brasil escola

Narração: Tipos de Narrador

Narração: Tipos de Narrador



Cada uma das histórias que lemos, ouvimos ou escrevemos é contada por um narrador.
Nos exercícios de leitura, assim como nas experiências de escrita, é fundamental a preocupação com o narrador.
Grosso modo, podemos distinguir três tipos de narrador, isto é, três tipos de foco narrativo:

- narrador-personagem;
- narrador-observador;

- narrador-onisciente.
narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem.
Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.
narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos os fatos e, por não participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas.
narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções e pensamentos.
Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece, o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim, o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas consequências.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

retirado do site brasil escola

Tipos de Discurso na Narrativa

Tipos de Discurso na Narrativa


Discurso direto: o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar.

Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, apontando para os entulhos: “Alá minha frigideira, alá meu escorredor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali meu outro tênis.”
Jornal do Brasil, 29 de maio 1989.

Discurso indireto: o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador.
Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque.
Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. Rio de Janeiro, 
Civilização Brasileira, 1964.

Discurso indireto livre: é uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos personagens. É uma forma de narrar econômica e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!...
Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção, escutando a conversa de boi Brilhante.
Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro, 
José Olympio, 1976.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola

RETIRADO DO SITE BRASIL ESCOLA

Narração: Tipos de Narrador

Narração: Tipos de Narrador


Cada uma das histórias que lemos, ouvimos ou escrevemos é contada por um narrador.
Nos exercícios de leitura, assim como nas experiências de escrita, é fundamental a preocupação com o narrador.
Grosso modo, podemos distinguir três tipos de narrador, isto é, três tipos de foco narrativo:

- narrador-personagem;
- narrador-observador;

- narrador-onisciente.
narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem.
Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.
narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos os fatos e, por não participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas.
narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções e pensamentos.
Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece, o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim, o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas consequências.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

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A NARRAÇÃO

Narração



narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa.
Adicionar legenda


O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo.
Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:

Esquematizando temos:

- Apresentação;
- Complicação ou desenvolvimento;
- Clímax;
- Desfecho.

Protagonistas e Antagonistas

A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens. Diante disso, a importância dos personagens na construção do texto é evidente.
Podemos dizer que existe um protagonista (personagem principal) e um antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). Há também os adjuvantes ou coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história.

Narração e Narratividade

Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou ouvimos histórias o tempo todo.
Mas os textos que não pertencem ao campo da ficção não são considerados narração, pois essas não têm como objetivo envolver o leitor pela trama, pelo conflito.
Podemos dizer que nesses relatos há narratividade, que quer dizer, o modo de ser da narração.

Os Elementos da Narrativa

Os elementos que compõem a narrativa são:
- Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
- Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
- Narrador (narrador-personagem, narrador-observador).
- Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

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crônica

Crônica


A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.

Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.

O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.

Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:

• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.

Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos os requisitos necessários para tornar a leitura um hábito agradável!

Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

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Pronomes de Tratamento

Pronomes de Tratamento


Quando nos dirigimos às pessoas do nosso convívio diário utilizamos uma linguagem mais informal, mais íntima. Ao passo que, se formos nos dirigir a alguém que possui um prestígio social mais alto ou um grau hierárquico mais elevado, necessariamente temos que utilizar uma linguagem mais formal. Lembrando que isto prevalece tanto para a escrita quanto para a fala.

Para isto, podemos usufruir de um completo aparato no que se refere às normas gramaticais e à maneira correta de como e onde utilizá-las. E fazendo parte deste aparato, estão os pronomes, os quais pertencem às dez classes gramaticais e possuem a função de acompanhar ou substituir o nome, ou seja, o próprio substantivo, relacionando-o à pessoa do discurso.

Os pronomes classificam-se em: pronomes pessoaispossessivos,demonstrativosindefinidos, interrogativos e relativos.
Em se tratando dos pronomes pessoais, eles se subdividem em: retos, oblíquos e de tratamento.

Especificamente, iremos conhecer um pouco mais sobre os pronomes de tratamento. É importante lembrarmos que eles representam a forma pela qual nos atribuímos às pessoas, como já foi dito anteriormente. São eles:
Pronomes de tratamentoAbreviatura
Singular
Abreviatura
Plural
Usados para:
VocêV.VV.Usado para um tratamento íntimo, familiar.
Senhor, SenhoraSr., Sr.ªSrs., Srª.sPessoas com as quais mantemos um certo distanciamento mais respeitoso
Vossa SenhoriaV. S.ªV. Sª.sPessoas com um grau de prestígio maior. Usualmente, os empregamos em textos escritos, como: correspondências, ofícios, requerimentos, etc.
Vossa ExcelênciaV. Ex.ªV. Ex.ªsUsados para pessoas com alta autoridade, como: Presidente da República, Senadores, Deputados, Embaixadores, etc.
Vossa EminênciaV. Em.ªV. Em.ªsUsados para Cardeais.
Vossa AltezaV. A.V V. A A.Príncipes e duques.
Vossa SantidadeV.S.       -Para o Papa.
Vossa ReverendíssimaV. Rev.mªV. Rev.mªsSacerdotes e Religiosos em geral.
Vossa PaternidadeV. P.VV. PP.Superiores de Ordens Religiosas.
Vossa MagnificênciaV. Mag.ªV. Mag.ªsReitores de Universidades
Vossa MajestadeV. M.V V. M M.Reis e Rainhas.
Observação importante:
# O pronome de tratamento concorda com o verbo na 3ª pessoa. Por exemplo:Vossa Senhoria está feliz.
#Quando se referir à 3ª pessoa, o pronome de tratamento é precedido de sua:
Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje ao Brasil.
Por Vânia Duarte
Grauduada em Letras
Equipe Brasil Escola


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CARTA ARGUMENTATIVA

CARTA ARGUMENTATIVA


: Cursoderedacao.com
Algumas universidades, como a UEL e a Unicamp, têm cobrado nos exames vestibulares uma modalidade de texto muito interessante: a carta argumentativa.
Ao contrário do que pensam muitos vestibulandos, não há segredo algum na elaboração da carta. Aliás, ela é, segundo alguns, bem mais simples que a dissertação tradicional, haja vista que é um tipo de texto bem próximo à realidade dos alunos, dos quais a maioria certamente já escreveu uma carta a alguém.
Vejamos, então, as principais características da carta cobrada pelos vestibulares:
a) Estrutura dissertativa: costuma-se enquadrar a carta na tipologia dissertativa, uma vez que, como a dissertação tradicional, apresenta a tríade introdução / desenvolvimento / conclusão. Logo, no primeiro parágrafo, você apresentará ao leitor o ponto de vista a ser defendido; nos dois ou três subseqüentes (considerando-se uma carta de 20 a 30 linhas), encadear-se-ão os argumentos que o sustentarão; e, no último, reforçar-se-á a tese (ponto de vista) e/ou apresentar-se-á uma ou mais propostas. Os modelos de introdução, desenvolvimento e conclusão são similares aos que você já aprendeu (e você continua tendo a liberdade de inovar e cultivar o seu próprio estilo!);
b) Argumentação: como a carta não deixa de ser uma espécie de dissertação argumentativa, você deverá selecionar com bastante cuidado e capricho os argumentos que sustentarão a sua tese. É importante convencer o leitor de algo.
Apesar das semelhanças com a dissertação, que você já conhece, é claro que há diferenças importantes entre esses dois tipos de redação. Vamos ver as mais importantes:
a) Cabeçalho: na primeira linha da carta, na margem do parágrafo, aparecem o nome da cidade e a data na qual se escreve. Exemplo: Londrina, 15 de março de 2003.
b) Vocativo inicial: na linha de baixo, também na margem do parágrafo, há o termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida. Exemplos: Prezado senhor Fulano, Excelentíssimo senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Caro deputado Sicrano, etc.
c) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a principal diferença entre a dissertação tradicional e a carta. Quando alguém pedia a você que produzisse um texto dissertativo, geralmente não lhe indicava aquele que o leria. Você simplesmente tinha que escrever um texto. Para alguém. Na carta, isso muda: estabelece-se uma comunicação particular entre um eu definido e um você definido. Logo, você terá que ser bastante habilidoso para adaptar a linguagem e a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de intimidade estabelecido entre vocês dois. Imagine, por exemplo, uma carta dirigida a um presidente de uma associação de moradores de um bairro carente de determinada cidade. Esse senhor, do qual você não é íntimo, não tem o Ensino Médio completo. Então, a sua linguagem, escritor, deverá ser mais simples do que a utilizada numa carta para um juiz, por exemplo (as palavras podem ser mais simples, mas a Gramática sempre deve ser respeitada...). Os argumentos e informações deverão ser compreensíveis ao leitor, próximos da realidade dele. Mas, da mesma maneira que a competência do interlocutor não pode ser superestimada, não pode, é claro, ser menosprezada. Você deve ter bom senso e equilíbrio para selecionar os argumentos e/ou informações que não sejam óbvios ou incompreensíveis àquele que lerá a carta.
d) Necessidade de dirigir-se ao leitor: na dissertação tradicional, recomenda-se que você evite dirigir-se diretamente ao leitor por meio de verbos no imperativo (“pense”, “veja”, “imagine”, etc.). Ao escrever uma carta, essa prescrição cai por terra. Você até passa a ter a necessidade de fazer o leitor “aparecer” nas linhas. Se a carta é para ele, é claro que ele deve ser evocado no decorrer do texto. Então, verbos no imperativo – que fazem o leitor perceber que é ele o interlocutor – e vocativos são bem-vindos. Observação: é falha comum entre os alunos-escritores “disfarçar” uma dissertação tradicional de carta argumentativa. Alguns escrevem o cabeçalho, o vocativo inicial, um texto que não evoca em momento algum o leitor e, ao final, a assinatura. Tome cuidado! Na carta, vale reforçar, o leitor “aparece”.
e) Expressão que introduz a assinatura: terminada a carta, é de praxe produzir, na linha de baixo (margem do parágrafo), uma expressão que precede a assinatura do autor. A mais comum é “Atenciosamente”, mas, dependendo da sua criatividade e das suas intenções para com o interlocutor, será possível gerar várias outras expressões, como “De um amigo”, “De um cidadão que votou no senhor”, De alguém que deseja ser atendido”, etc.
f) Assinatura: um texto pessoal, como é a carta, deve ser assinado pelo autor. Nos vestibulares, porém, costuma-se solicitar ao aluno que não escreva o próprio nome por extenso. Na Unicamp, por exemplo, ele deve escrever a inicial do nome e dos sobrenomes (J. A. P. para João Alves Pereira, por exemplo). Na UEL, somente a inicial do prenome deve aparecer (J. para o nome supracitado). Essa postura adotada pelas universidades é importante para que se garanta a imparcialidade dos corretores na avaliação das redações.
UM EXEMPLO DE CARTA
Leia agora uma carta argumentativa baseada num tema proposto pela UEL em 2002. Preste muita atenção ao que foi pedido no enunciado e aos textos de apoio (suprimiu-se, por questões de espaço, um trecho do texto b). Note que os elementos da estrutura da carta foram respeitados pelo autor:
A partir da leitura crítica dos textos de apoio, escreva uma carta dirigida a um jornal da cidade, sugerindo medidas para conter a violência em Londrina.
a) A violência, quem diria, já não é o que mais preocupa o brasileiro. Chegamos à era da selvageria.
(Marcelo Carneiro e Ronaldo França)
Não é preciso ser especialista em segurança pública para perceber que o crime atingiu níveis insuportáveis. Hoje, as vítimas da violência têm a sensação quase de alívio quando, num assalto, perdem a carteira ou o carro - e não a vida.

Essa espiral de insegurança gerou uma variante ainda mais assustadora. É o crime com crueldade. A morte trágica de Tim Lopes, o repórter da Rede Globo que realizava uma reportagem sobre tráfico de drogas e exploração sexual de menores em um baile funk numa favela da Zona Norte do Rio de Janeiro, é apenas o exemplo mais recente de uma tragédia que se repete a toda hora. Desta vez, com uma questão ainda mais aguda: por que um bandido precisa brutalizar as suas vítimas?

O fato de as cenas mais chocantes da brutalidade estarem quase sempre associadas a regiões pobres das áreas metropolitanas das capitais brasileiras criou, em alguns especialistas, a idéia de que boa parte dos problemas de segurança poderia ser resolvida com investimentos maciços na área social. Trata-se de um equívoco.

Um levantamento do jornal O Globo mostra que, desde 1995, a prefeitura do Rio já investiu quase 2 bilhões de reais em projetos de urbanização, saneamento e lazer em favelas. Isso não impediu que, nos últimos dez anos, houvesse um crescimento de 41% no número de mortes de jovens entre 15 a 24 anos, na maioria moradores de áreas carentes.

O aumento da criminalidade desafia qualquer lógica que vincule, de modo simplista, indicadores sociais a baixos índices de violência. Desde a década de 80, quando o tráfico de drogas passou a se estabelecer definitivamente nas principais cidades brasileiras, os números relativos à educação, saúde e saneamento só fazem melhorar no país.

O investimento dos governos estaduais em segurança também é crescente. Só neste ano, o governador paulista, Geraldo Alckmin, prometeu destinar 190 milhões de reais para o combate à criminalidade, a construção de três penitenciárias e a aquisição de novos veículos - um recorde.  
"Vincular violência somente a problemas sociais, por exemplo, é um erro. O crime organizado e a brutalidade que ele gera são um fenômeno internacional", diz a juíza aposentada Denise Frossard. Os códigos de crueldade das organizações criminosas chinesas, com mutilações do globo ocular, ou da máfia italiana, especializada em decepar a língua dos traidores, não diferem em nada do "microondas", criação dos traficantes cariocas para incinerar seus inimigos.

As soluções para tentar diminuir a espiral da brutalidade também podem ser encontradas no exterior. Criado em 1993, o projeto de Tolerância Zero, da prefeitura de Nova York, tinha desde o início o objetivo de combater os violentos crimes de homicídio por tráfico de drogas. Descobriu-se que o furto de veículos, um crime mais leve, tinha relação direta com os assassinatos.

Combatendo-se o furto, caía também o número de mortes. Assim feito, ao mesmo tempo que uma faxina nas delegacias eliminou centenas de policiais corruptos. São medidas que, no Brasil, ainda estão no campo da discussão. Quando finalmente se decidir pela ação, talvez já seja tarde. Por enquanto, a sociedade se pergunta, perplexa, como pode uma parte dela comportar-se de modo tão bárbaro. (Veja, jun. de 2002)
       b) Iniciativas contra sete gatilhos da violência urbana
É imprescindível discutir a violência quando ocorre um homicídio por hora só na grande São Paulo. A cifra prova que o poder público fracassou numa das principais obrigações determinadas pela Constituição: garantir a segurança dos cidadãos. Este artigo apresenta iniciativas que tentam minimizar algumas causas da violência como as detalhadas no quadro abaixo. Elas atuam sobre sete fatores que influem na criminalidade: desemprego, narcotráfico, urbanização, cidadania, qualidade de vida, identidade e família.Comunidades atendidas: Vigário geral, Cidade de Deus, Cantagalo e Parada de Lucas, Rio  de Janeiro (RJ)
População atendida: 744 jovens e adultos (números atuais)
Quando começou: 21 de janeiro de 1993
Quem financia: Fundação Ford (apoio institucional)
 Mais informações: site...
Jardim Ângela
Nome: Base Comunitária da Polícia Militar
Área de atuação: policiamento e atendimento social
Comunidades atendidas: Jardim Ângela
População atendida: 260 mil habitantes
Quando começou: 1998
Quem financia: Governo do Estado de São Paulo
Mais informações: fone...
(...)
 Exemplo de carta
Londrina, 10 de setembro de 2002
 Prezado editor,
O senhor e eu podemos afirmar com segurança que a violência em Londrina atingiu proporções caóticas. Para chegar a tal conclusão, não é necessário recorrer a estatísticas. Basta sairmos às ruas (a pé ou de carro) num dia de "sorte" para constatarmos pessoalmente a gravidade da situação. Mas não acredito que esse quadro seja irremediável. Se as nossas autoridades seguirem alguns exemplos nacionais e internacionais, tenho a certeza de que poderemos ter mais tranqüilidade na terceira cidade mais importante do Sul do país.
Um bom modelo de ação a ser considerado é o adotado em Vigário Geral, no Rio de Janeiro, onde foi criado, no início de 1993, o Grupo cultural Afro Reggae. A iniciativa, cujos principais alvos são o tráfico de drogas e o subemprego, tem beneficiado cerca de 750 jovens. Além de Vigário Geral, são atendidas pelo grupo as comunidades de Cidade de Deus, Cantagalo e Parada de Lucas.
Mas combater somente o narcotráfico e o problema do desemprego não basta, como nos demonstra um paradigma do exterior. Foi muito divulgado pela mídia - inclusive pelo seu jornal, a Folha de Londrina - o projeto de Tolerância Zero, adotado pela prefeitura nova-iorquina há cerca de dez anos.

Por meio desse plano, foi descoberto que, além de reprimir os homicídios relacionados ao narcotráfico (intenção inicial), seria mister combater outros crimes, não tão graves, mas que também tinham relação direta com a incidência de assassinatos. A diminuição do número de casos de furtos de veículos, por exemplo, teve repercussão positiva na redução de homicídios.
Convenhamos, senhor editor: faltam vontade e ação políticas. Já não é tempo de as nossas autoridades se espelharem em bons modelos? As iniciativas mencionadas foram somente duas de várias outras, em nosso e em outros países, que poderiam sanar ou, pelo menos, mitigar o problema da violência em Londrina, que tem assustado a todos.

Espero que o senhor publique esta carta como forma de exteriorizar o protesto e as propostas deste leitor, que, como todos os londrinenses, deseja viver tranqüilamente em nossa cidade.
Atenciosamente,
 M.
Percebeu como a estrutura da carta é dissertativa? No primeiro parágrafo – releia e confira – é apresentada a tese a ser defendida (a de que a situação da violência é grave, mas não irremediável); nos dois parágrafos subseqüentes (o desenvolvimento), são apresentadas, obedecendo ao que se pediu no enunciado, propostas para combater a violência na cidade de Londrina; e no último parágrafo, a conclusão, propõe-se que as autoridades sigam exemplos como os citados no desenvolvimento.

O leitor, o editor do jornal, “apareceu” no texto, o que é muito positivo em se tratando de uma carta. E, como não poderia deixar de ser, foram respeitados os elementos pré-textuais (cabeçalho e vocativo) e pós-textuais (expressão introdutora de assinatura e assinatura.



RETIRADO DO SITE MUNDO VESTIBULAR













Vigário Geral
Nome: Grupo Cultural Afro Reggae
Área de atuação: combate ao narcotráfico e ao subemprego